O Bloco de Esquerda voltou a votar contra a proposta de Orçamento e Plano da Junta de Freguesia, rejeitados na sessão ordinária da Assembleia de Freguesia Cidade da Maia duas semanas antes.
O deputado Jorge Santos questionou os motivos pelos quais foi marcada uma sessão extraordinária para aprovar um Orçamento que a maioria rejeitou e que foi de novo apresentado sem antes ter sofrido qualquer tipo de alteração.
Para o BE, a atitude do executivo PSD/CDS não é séria, uma vez que sabiam dos motivos que levaram o Bloco a rejeitar o Orçamento e Plano, nomeadamente a falta de investimento no apoio social e na reparação de arruamentos, muito para além da questão legal da Cooperzoo.
Defendemos que o Orçamento e Plano deve ser discutido com todos os partidos da oposição, a fim de poderem ser negociadas propostas de alteração que respondam às prioridades apontadas pelas diferentes forças políticas.
Desta vez, contudo, a maioria aprovou o Orçamento do executivo, com 9 votos a favor (PSD/CDS), 6 abstenções (PS/JPP e CDU), e 4 votos contra (BE e 3 deputados do PS/JPP).
A dissolução da Cooperzoo foi ratificada no ponto anterior, com 17 votos a favor (PSD/CDS, PS/JPP e CDU), uma abstenção de um deputado do PS/JPP, e 1 voto contra (BE).
Os estatutos da Cooperzoo estabelecem que são necessários 2/3 dos votos na Assembleia de Freguesia para a ratificação da decisão da Assembleia Geral de dissolver a cooperativa de interesse público, o que corresponde a 13 votos.
O deputado do BE exigiu que o executivo assumisse todas as eventuais responsabilidades políticas, criminais, administrativas ou de outra ordem que possam advir de atos de gestão do Zoo desde o anterior mandato, e apresentou uma declaração de voto de vencido.
O BE realçou o facto de a sessão ter sido marcada precipitadamente e sem que a documentação relevante sobre a Cooperzoo fosse entregue com antecedência aos deputados para seu cabal esclarecimento de todo este processo.
O deputado bloquista criticou ainda a inexistência de relatório da comissão responsável pela liquidação do património da cooperativa, o que de acordo com os estatutos e a ata da Assembleia Geral, deveria ter sido apresentado até abril de 2016.