O Bloco de Esquerda não concorda com o investimento imobiliário da Câmara Municipal da Maia no fundo especial "Maia Imo", que apesar de ser um fundo fechado de subscrição particular, "não é diferente dos outros, pois está sujeito às regras do mercado".
Para o Bloco, os maus resultados acumulados pelo fundo ao longo de 10 anos de existência demonstram que não existia, por parte da oposição, nenhum "pessimismo exagerado", e revelam que esta forma de arrecadação de verbas por parte de entidades públicas é "muito perigosa", porque os resultados do investimento "estão dependentes do poder financeiro e da especulação imobiliária".
Os deputados municipais bloquistas recordam que "não é certo que a avaliação dos ativos no momento da sua constituição corresponda, até hoje, ao mesmo valor", tendo o Município obrigações em matéria de serviço da dívida decorrente dessa operação.
São observados sinais perturbadores a nível global, como os alertas dados este mês pelos economistas Roubini e Rosa, "que afirmam num artigo publicado pelo Financial Times que está a fermentar uma nova crise financeira e recessão global", tendo já em Outubro do ano passado sido dado o alerta pelo ex-ministro das Finanças alemão Schäuble.