Em 30 julho de 2020, a Câmara Municipal da Maia decidiu abrir um concurso público internacional para a concessão da construção e gestão do Tanatório da Maia, com o propósito de o concessionar por 30 anos.
Para o Bloco de Esquerda, o Tanatório é um equipamento necessário no concelho, dado que os cemitérios têm a sua capacidade esgotada, acrescendo motivos ambientais, de saúde pública e de respeito pela diversidade cultural e religiosa.
Contudo, o Grupo Municipal do BE questionou, na sessão ordinária de 1 de setembro de 2021, a necessidade do Município concessionar o Tanatório a empresas privadas, depois de ter investido meios financeiros da autarquia na sua concepção e construção, abdicando da sua exploração final.
A construção do Tanatório iria ocorrer no prazo de 2 anos, mas o concurso publico internacional, lançado em 2020, ficou deserto.
A CMM insiste agora em abrir um novo concurso, reduzindo a dimensão prevista do equipamento, agora com o investimento reduzido a metade (de pouco mais de 2 milhões de euros para cerca de 1 milhão e 20 mil de euros).
Para o Bloco, torna-se ainda mais evidente que o Tanatório pode e deve ser gerido pela autarquia, e que com recurso à candidatura a fundos europeus é possível o Município e as Freguesias impedirem a concessão deste importante equipamento, uma vez que existe capacidade de o gerir diretamente.
Com o recente redimensionamento do projeto, a Maia prevê construir um Tanatório de pequena dimensão que em poucos anos ficará esgotado por força do crescimento da procura que se regista todos os anos.
Acresce ainda que o investimento será 100% público mas quem irá lucrar com ele será uma empresa privada.