A Câmara Municipal da Maia decidiu lançar um concurso público internacional para a concessão da construção e exploração do Tanatório da Maia, obra que prevê estar concluída dentro de 2 anos e que será concessionada a uma empresa privada pelo prazo de 30 anos.
O Tanatório é uma necessidade sentida pela população há já vários anos, verificando-se anualmente um crescimento da procura por estes serviços no país.
O único equipamento do género no Distrito fica no concelho de Matosinhos.
O novo Tanatório, em moldes semelhantes àquele projeto, será construído junto ao Cemitério Novo de Vermoim.
O Grupo Municipal do Bloco de Esquerda reconhece a importância do equipamento para o concelho, tendo em conta que "em algumas autarquias, os cemitérios têm a sua capacidade esgotada" e defende que a obra se justifica por "razões ambientais e de saúde pública", assim como pelo "respeito pela diversidade cultural e religiosa", que não deve impor "a presença de símbolos da religião católica a quem não foi católico em vida".
No entanto, os deputados municipais do BE consideram que este investimento tem natureza pública, pelo que a sua gestão deve caber à administração pública local.
A decisão de lançar um concurso público internacional para concessionar o espaço à gestão privada "reduz o papel das Juntas de Freguesia como agentes locais de serviço público". Por isso, concordando com o projeto, o Bloco discorda das opções da sua concretização.
Assim, o Bloco de Esquerda absteve-se na deliberação sobre o lançamento do concurso público de concessão.