O Bloco de Esquerda defende que a Quinta dos Cónegos, adquirida há um ano pela Câmara Municipal da Maia ao Novo Banco, seja aberta à população.
De acordo com a notícia publicada hoje pelo JN, os partidos da oposição ainda não foram informados do destino a dar ao imóvel, estando por concluir o regulamento do uso do espaço.
O presidente da câmara, Silva Tiago, admite estar a ponderar a "criação de um restaurante" e a abertura dos jardins e utilização do espaço da quinta para a realização de "seminários relacionados com o mundo empresarial".
O deputado municipal do Bloco Francisco José Silva, entende que essas possibilidades "desvirtuam os objetivos que a Câmara se propunha aquando da compra", e vê "com alguma preocupação o atraso na concretização do projeto".
"Os jardins devem estar abertos e com eventos para toda a gente, e o palacete poderia receber exposições de pintura e tudo o que tenha a ver com a arte", defende o deputado.
A Quinta dos Cónegos é um solar de estilo barroco, erguido no séc. XVIII, que pertencia à Sé do Porto e que foi mais tarde adquirida e mandada restaurar por um empresário já no séc XX.
Em 1992, após um incêndio que a devastou, a propriedade foi adquirida pela Fundação Ricardo Espirito Santo, que ordenou a sua reconstrução de acordo com a traça original.
Em 2017, a Câmara Municipal da Maia comprou-a ao Novo Banco, por 3 milhões de euros.
Até ao momento, somente os jardins estão abertos ao público durante os fins de semana.