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Prégaia em risco de encerramento põe em causa 60 postos de trabalho

Há cerca de 20 dias que os trabalhadores da empresa de pré-fabricados Prégaia, em S. Pedro de Fins, fazem piquete a tempo inteiro à porta das instalações da unidade fabril.

Os trabalhadores estão empenhados em defender o seu posto de trabalho e os seus salários. Reclamam 4 meses de atraso nos pagamentos de salários-base e 10 meses sem receber o subsídio de alimentação a que têm direito. Em quatro anos, nunca receberam nem subsídio de férias, nem a retribuição do 13º mês!

A administração, insensível aos prejuízos provocados aos trabalhadores e às suas famílias, recusa-se a passar as cartas para o Fundo de Desemprego, tendo-o apenas feito quanto a alguns deles, e por imposição da Autoridade das Condições de Trabalho (ACT).

A mesma administração, persiste em cometer sistematicamente fraudes e ilegalidades, pretendendo retirar veículos da empresa carregados de sucata que os trabalhadores dizem valer 300.000 €. Valor que suspeitam, aliás, já ter sido recebido pela administração como pagamento adiantado.

Diversos aderentes do Bloco de Esquerda, em conjunto com os autarcas que o BE elegeu na Maia e a porta-voz nacional do partido Catarina Martins, estiveram junto destes trabalhadores para lhes prestar a nossa solidariedade e apresentarem as suas reivindicações junto das autoridades competentes e dos orgãos políticos, nomeadamente a Assembleia da República, no sentido de que sejam tomadas medidas de salvaguarda dos direitos destes trabalhadores, em nome da justiça social, e alertar para mais uma tragédia que se avizinha para trabalhadores e famílias do Concelho da Maia.