No dia 15 de abril, uma delegação da concelhia da Maia do Bloco de Esquerda visitou, na Freguesia de Nogueira e Silva Escura, a sede e as instalações do Acro Clube da Maia (ACM), o maior clube de ginástica do Norte do país.
Em Setembro de 2017, os candidatos do BE às eleições autárquicas já tinham falado com a Direção do ACM, que afirma que tanto as instalações com os apoios que recebem são os mesmos hoje.
Fundado em Dezembro de 2004, o ACM possui mais de 170 atletas federados de ginástica acrobática, ginástica artística e trampolins, nos escalões de benjamins, infantis, iniciados, juvenis, juniores e seniores.
Mas a coletividade é também conhecida por ter criado a única escola de artes circenses do país. A “SALTO - International Circus School” é, aliás, a única escola do mundo com estreita colaboração com o Cirque du Soleil. Dedica-se à formação de jovens que queiram seguir as artes circenses e profissionais que as pretendam aperfeiçoar.
Anualmente, o ACM é presença assídua em várias competições distritais, nacionais e internacionais, competindo nas modalidades individual, pares femininos, pares mistos, pares masculinos, trios, quadras (masculinas e femininas) e por equipas.
Recentemente, atletas femininos e masculinos de ginástica acrobática do ACM conquistaram, respetivamente, uma medalha de ouro e uma de prata na Taça do Mundo, em Las Vegas.
Nos últimos anos, o ACM tem vindo a evoluir bastante em termos competitivos, o que implica custos acrescidos com a participação em competições, por exemplo.
De acordo com o Presidente da Direção, o Clube não recebe apoios públicos diretos do Estado, sendo que o IPDJ financia as Federações desportivas mas não os clubes.
Sempre que o ACM leva atletas de escalões não seniores a competir em provas representando a Seleção Nacional, não recebe quaisquer comparticipações financeiras.
As despesas mensais do Clube são consideráveis, e embora contem com apoios da Câmara Municipal, estes não chegam para cobrir boa parte dos gastos que têm.
Neste momento, o ACM ambiciona a construção de um novo pavilhão municipal na Maia, com condições adequadas às características da modalidade, cuja gestão seja atribuída ao Clube por um certo período de tempo.
O grande obstáculo prende-se com o financiamento e com a vontade política da Câmara Municipal em apoiar, de facto, esse projeto.