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Contas chumbadas pela Assembleia de Freguesia Cidade da Maia

A Assembleia de Freguesia chumbou o Relatório de Gestão de Contas de 2017, apresentados pelo executivo da Junta de Freguesia, na sessão ordinária de 30.04.2018.

Na introdução, o documento diz que a Assembleia de Freguesia, chamada a aprovar o documento "não é a mesma que insistiu em dificultar o bom funcionamento desta freguesia, embora sem sucesso", passagem que não agradou aos deputados da maioria.

O documento foi reprovado com os votos contra do BE, PS e JPP e da CDU (10 votos) e os votos a favor da coligação PSD e CDS que sustenta o executivo (9 votos).

O deputado do Bloco Jorge Santos recordou que o Orçamento do ano passado, à semelhança dos anteriores Orçamentos, foi reprovado por todas as forças da oposição. Apesar disso, o executivo minoritário ignorou as críticas da oposição e não voltou a apresenta-lo.

A consequência foi o cumprimento de um mandato de forma ilegal, executando sempre o Orçamento de 2012, que dizia respeito a Freguesias que se encontram extintas desde a Reforma de 2013 (Maia, Vermoím e Gueifães).

O BE denuncia a inversão de posições por parte dos outros partidos da oposição durante o novo mandato, que se aliaram ao executivo e optaram por aprovar o Orçamento de 2018 e a dissolução da Cooperzoo, esquecendo as ilegalidades e o facto de a cooperativa não ter visto os seus bens liquidados dentro do prazo previsto, como manda a lei.

O Bloco não alinha em “bafientas unidades de salvação nacional”, e como tal, votou contra um Orçamento que não refletia as suas opções.

O deputado bloquista criticou o facto de não ter sido dada oportunidade aos partidos para se sentarem à mesma mesa e sugerirem alterações ao Orçamento, admitindo que se “fosse outra a postura do executivo”, justificar-se-ia uma posição também diferente da parte do BE, “no sentido de um maior diálogo e abertura”.

“Mas afinal de contas, agora o executivo até percebe e aceita que não tem maioria na Assembleia. Aliás, longe vão já os tempos da crítica à 'geringonça', porque hoje a 'caranguejola' até se mexe bem para o lado direito.”, rematou o deputado.