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"A habitação é uma prioridade para o Bloco"

No debate com todos os candidatos à Câmara da Maia organizado pelo Jornal de Notícias (JN), em direto para as redes sociais, o candidato do BE destacou a habitação como uma "prioridade" no concelho. "Temos de ter um plano de médio e longo prazo para a habitação, que permita aos jovens fixarem-se no concelho", referiu Silvestre Pereira.

De acordo com Silvestre Pereira, "são necessárias, pelo menos, mais 1.500 habitações. Senão mais, porque o levantamento das carências da habitação tem por base um estudo de 2019, que já está bastante ultrapassado".

Para o candidato bloquista, uma outra área prioritária é a do ambiente.

"A questão do ambiente é decisiva para que se viva bem na Maia", referiu Silvestre.

"A Maia tem grandes focos de poluição, como por exemplo a Siderurgia". Silvestre destacou a Recomendação apresentada pelo Bloco de Esquerda na Assembleia Municipal que propunha a instalação de uma estação de monitorização e controle da poluição atmosférica nas imediações da Siderurgia, a qual, embora aprovada por unanimidade, "nunca foi posta em prática".

Silvestre fez questão de falar de uma questão que tem sido insistentemente levantada pelas populações, a da extinção e fusão de Freguesias. Para o candidato do Bloco de Esquerda, a questão "tem sido muito mal tratada". "É preciso dar voz às populações, para que democraticamente se pronunciem sobre a reorganização administrativa", defendeu.

Silvestre Pereira falou também dos equipamentos sociais em falta, considerando que "é uma falácia achar que são as IPSS's que vão resolver o problema" da falta de lares e centros de dia para a procura existente e a preços comportáveis. O candidato do Bloco lembra que "o mesmo se passa em relação aos infantários" e que, por isso, é necessário haver uma resposta do Estado e do próprio Município, nomeadamente investindo numa rede pública de equipamentos de apoio à infância e à terceira idade.

"O salário médio pode ser pouco mais de 1200 €, mas a moda é muito inferior. Falamos de muitos trabalhadores que recebem o salário mínimo ou próximo disso e não têm recursos para pagar a renda ou para pôr os filhos na creche", acrescentou o candidato.

Relativamente à resposta da autarquia para a crise pandémica da COVID-19, Silvestre Pereira referiu que ficou "aquém" daquilo que os munícipes esperavam da Câmara.

"A nossa perceção é que os apoios surgiram de uma forma retardada e reduzida. Com os recursos que a Câmara tem, poderia ter respondido de forma mais eficaz" às necessidades dos munícipes, disse ainda o candidato.

Ao longo do debate, Silva Tiago voltou a desvalorizar as assimetrias territoriais do concelho da Maia, tal como havia feito antes num comentário para o JN.

O atual presidente da Câmara referiu ser um "mito" a questão das assimetrias, reconhecendo (pela primeira vez e apenas) falhas nos transportes, por falta de ligação entre os diferentes meios de transportes públicos.